terça-feira, 3 de maio de 2011

boletim da educação

Uma má notícia para o Brasil. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad 2008), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de pessoas analfabetas teve uma redução insignificante de 2007 para 2008, passando de 10,1% para 10%. O percentual equivale a 14,2 milhões de pessoas com mais de 15 anos que não sabem ler e escrever um bilhete simples.
O documento divulgado pelo IBGE mostra também que o número de analfabetos funcionais (proporção de pessoas com mais de 15 anos de idade e menos de quatro anos de estudo) apresentou uma redução maior no período, de 0,8 ponto percentual, sendo estimada em 21% em relação ao total da população nessa faixa etária (30 milhões de pessoas).
Entre as crianças de 10 a 14 anos, que já deveriam ter aprendido a ler e escrever, o analfabetismo é de 2,8%. A redução é de 0,3 ponto percentual em relação aos dados de 2007.
No Nordeste, a taxa de analfabetismo entre as pessoas com mais de 15 anos (19,4%) é quase o dobro da média nacional. Entretanto, foi também o Nordeste que registrou a maior queda no percentual de analfabetos: em 2007, 19,9% da população no sabia ler nem escrever.
Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o resultado é surpreendente, porque mostra que a taxa “caiu muito pouco”.
Além de surpreendente, o resultado é preocupante, ministro. A mesma pesquisa mostrou que a desigualdade caiu 9% no país. Nós queremos um país menos desigual, sim. Mas também queremos um povo educado, que saiba ler e escrever, consciente de seus direitos. A Pnad mostrou que ainda temos um longo caminho pela frente para erradicar o analfabetismo no Brasil. Infelizmente.
por Marina Azaredo

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